CADÊ
EU?
Procuro e não me
encontro.
Estou aqui, mas
não me vejo não me reconheço.
Reviro o passado,
não me acho.
Projeto o futuro,
tão obscuro.
É tudo escuro,
ainda prematuro.
Presente, passado
e futuro.
Que monturo!
Nada de mim.
Onde estou enfim?
Na leitura da
cartomante?
No outro lado do
espelho?
Nas previsões da
astrologia?
Na sombra
projetada?
Nos florais da
terapia?
No divã analista?
Na alucinação do
cânhamo?
Na luz da
lucidez?
Na loucura ou na
embriaguez?
Talvez a resposta
esteja pós-morte.
Estou ansioso por
esse fato.
Morrer, eu sei
que morro.
Mas, me matar,
não cometo esse ato.
Não pedi para
nascer, muito menos para morrer.
O que sou, onde
estou?
Eis tudo o que
quero saber.
Quero saber, por
que não sei?
Não sou, não
estou.
Definitivamente qui
não é meu lugar.
vera+cruz
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