“Grande Espírito, cuja voz ouço cantar, cujo alento vivifica o mundo todo,
escuta-me! Eu venho em frente a Ti como um de Teus inúmeros filhos. Olha-me!
Necessito de Tua força e sabedoria! Permite-me caminhar olhando a beleza da
Natureza; permite que minhas mãos honrem sempre Tuas obras e que meus ouvidos
escutem Tua voz. Faz de mim um sábio para compreender aquilo que Tu mostraste
ao meu povo: o ensinamento que Tu escondeste em cada folha e pedra. Quero ser
forte, não para ser superior ao meu irmão, mas para vencer meu maior inimigo:
eu mesmo. Faz com que eu esteja pronto para chegar a Tua presença de mãos
limpas, olhos puros, para que a minha alma, quando se for, como o Sol se põe,
possa chegar a Ti se envergonhar-se”.
O texto acima é uma oração a Wakan Tanka (O Grande
Espírito), de autoria dos índios Sioux, e mostra como os estadunidenses
herdaram pouco ou nada dos verdadeiros norte-americanos.
Analisemos alguns trechos da prece:
Eu venho em frente a Ti como um de teus filhos – Não, os estadunidenses não pensam assim. Acham-se
donos do mundo e consideram-se os únicos filhos de um deus hipócrita como eles;
Permite-me caminhar olhando a beleza da Natureza – Eles olham, sim. Lançam olhares cobiçosos sobre a
Amazônia, depois de terem dizimado suas próprias florestas. Algum tempo atrás,
o psicopata/rancheiro, que é o líder deles, sugeriu cortar árvores para evitar
incêndios (tsc!):
Permite que minhas mãos honrem sempre Tuas obras – As mãos deles estão traçando planos para retomar o
controle da economia mundial, que está escoando pelos seus dedos. Dedos loucos
que disparam armas de longa distância em nômades atrasados, que reagem com
armamento tão antigo que se equipara a paus e pedras;
Quero ser forte, não para ser superior ao meu irmão... –
Nesse quesito pode haver alguma semelhança, desde que o irmão seja outro
estadunidense. Os povos do Terceiro Mundo são apenas consumidores de seus
produtos alienantes;
...mas para vencer o meu maior inimigo: eu mesmo – Aqui temos algo que eles não conseguirão fazer:
vencer a si próprios. Estão cada vez mais emaranhados na teia de intrigas,
mentiras e crueldades que eles mesmos teceram. Encontram-se no limiar de um
colapso causado por sua própria política, totalitária e egoísta.
Você deve estar estranhando a comparação dos nobres
SIOUX com um povo pobre de espírito e agonizante como os estadunidenses. E com
razão. Esses covardes não têm nada em comum com os valentes guerreiros. Para
definir como eles pensam e agem, as palavras antológicas do general Philip
Sheridan, da Sétima Cavalaria dos Estados Unidos, soam mais de acordo: “Índio
bom é índio morto”.
Detalhe
a Sétima Cavalaria foi dizimada pelos Sioux em 1870. O chefe da tribo era
Sitting Bull (Touro Sentado) e os guerreiros foram liderados pelo chefe de guerra
Crazy Horse (Cavalo Louco). Nela morreu um dos “grandes heróis” dos Estados
Unidos: o general George Armstrong Custer.
Outro detalhe: vinte anos depois, a “gloriosa” Sétima Cavalaria
vingou-se “heroicamente” da mesma tribo, matando 354 índios que já haviam se
entregado, em Wounded Knee. Foram 104 guerreiros desarmados e 250 mulheres e
crianças. Seus cadáveres podiam ser encontrados num raio de 10 quilômetros.
Esse é o famoso “Americam way of life”, que alguns
néscios babões tanto admiram.
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