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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

AMERICAN WAY LIFE



“Grande Espírito, cuja voz ouço cantar, cujo alento vivifica o mundo todo, escuta-me! Eu venho em frente a Ti como um de Teus inúmeros filhos. Olha-me! Necessito de Tua força e sabedoria! Permite-me caminhar olhando a beleza da Natureza; permite que minhas mãos honrem sempre Tuas obras e que meus ouvidos escutem Tua voz. Faz de mim um sábio para compreender aquilo que Tu mostraste ao meu povo: o ensinamento que Tu escondeste em cada folha e pedra. Quero ser forte, não para ser superior ao meu irmão, mas para vencer meu maior inimigo: eu mesmo. Faz com que eu esteja pronto para chegar a Tua presença de mãos limpas, olhos puros, para que a minha alma, quando se for, como o Sol se põe, possa chegar a Ti se envergonhar-se”.

O texto acima é uma oração a Wakan Tanka (O Grande Espírito), de autoria dos índios Sioux, e mostra como os estadunidenses herdaram pouco ou nada dos verdadeiros norte-americanos.
Analisemos alguns trechos da prece:
Eu venho em frente a Ti como um de teus filhos – Não, os estadunidenses não pensam assim. Acham-se donos do mundo e consideram-se os únicos filhos de um deus hipócrita como eles;
Permite-me caminhar olhando a beleza da Natureza – Eles olham, sim. Lançam olhares cobiçosos sobre a Amazônia, depois de terem dizimado suas próprias florestas. Algum tempo atrás, o psicopata/rancheiro, que é o líder deles, sugeriu cortar árvores para evitar incêndios (tsc!):
Permite que minhas mãos honrem sempre Tuas obras – As mãos deles estão traçando planos para retomar o controle da economia mundial, que está escoando pelos seus dedos. Dedos loucos que disparam armas de longa distância em nômades atrasados, que reagem com armamento tão antigo que se equipara a paus e pedras;
Quero ser forte, não para ser superior ao meu irmão... – Nesse quesito pode haver alguma semelhança, desde que o irmão seja outro estadunidense. Os povos do Terceiro Mundo são apenas consumidores de seus produtos alienantes;
...mas para vencer o meu maior inimigo: eu mesmo – Aqui temos algo que eles não conseguirão fazer: vencer a si próprios. Estão cada vez mais emaranhados na teia de intrigas, mentiras e crueldades que eles mesmos teceram. Encontram-se no limiar de um colapso causado por sua própria política, totalitária e egoísta.
Você deve estar estranhando a comparação dos nobres SIOUX com um povo pobre de espírito e agonizante como os estadunidenses. E com razão. Esses covardes não têm nada em comum com os valentes guerreiros. Para definir como eles pensam e agem, as palavras antológicas do general Philip Sheridan, da Sétima Cavalaria dos Estados Unidos, soam mais de acordo: “Índio bom é índio morto”.
Detalhe a Sétima Cavalaria foi dizimada pelos Sioux em 1870. O chefe da tribo era Sitting Bull (Touro Sentado) e os guerreiros foram liderados pelo chefe de guerra Crazy Horse (Cavalo Louco). Nela morreu um dos “grandes heróis” dos Estados Unidos: o general George Armstrong Custer.
Outro detalhe: vinte anos depois, a “gloriosa” Sétima Cavalaria vingou-se “heroicamente” da mesma tribo, matando 354 índios que já haviam se entregado, em Wounded Knee. Foram 104 guerreiros desarmados e 250 mulheres e crianças. Seus cadáveres podiam ser encontrados num raio de 10 quilômetros.

Esse é o famoso “Americam way of life”, que alguns néscios babões tanto admiram.

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